Banco Central se prepara para implantação do Open Banking
No Brasil as discussões sobre Open Banking ocorrem desde o final de 2018 quando o Banco Central comunicou uma proposta de projeto para…
No Brasil as discussões sobre Open Banking ocorrem desde o final de 2018 quando o Banco Central comunicou uma proposta de projeto para Open Banking no país. A partir daí figuras do setor financeiro como bancos e fintechs buscaram se preparar da melhor forma para aquela que promete ser uma das maiores revoluções do sistema financeiro brasileiro.
As discussões se intensificaram após o Banco Central divulgar em abril deste ano o Comunicado nº 33.4555, que continha os requisitos fundamentais para a implantação do “Sistema Financeiro Aberto” ou como já é popularmente conhecido: Open Banking.
O modelo a ser adotado no Brasil deverá abranger não apenas bancos, mas instituições de pagamento e outras empresas autorizadas a funcionar pelo Banco Central.
O comunicado teve por intenção estabelecer os pilares da futura regulamentação do Open Banking no país. Na visão do Banco Central, o Open Banking é considerado “o compartilhamento de dados, produtos e serviços pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas, a critério de seus clientes, em se tratando de dados a eles relacionados, por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de sistemas de informação, de forma segura, ágil e conveniente”.
Dessa forma, levando em consideração o compartilhamento autorizado de dados e segurança no processo, tais premissas premissas do Open Banking foram alinhadas à Lei Geral de Proteção aos Dados (LGPD), lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018.
A previsão, de acordo com o Banco Central, é de que o modelo de Open Banking seja implementado no segundo semestre de 2020. Isso representará uma nova leva de oportunidades. Você poderá, por exemplo, utilizar o Google, Facebook ou outras empresas de sua preferência para pagar suas contas, analisar seus gastos e receber indicações das melhores formas de investir seu dinheiro.
Além disso, as premissas básicas da futura regulamentação são:
redução de custos ao consumidor no mercado de crédito e pagamentos;
aumento da competitividade;
preservação da segurança do sistema financeiro;
proteção aos usuários.
Dessa forma, é fundamental que as instituições financeiras do Brasil estejam preparadas para a implementação do Open Banking. Mais que um avanço, ele representa uma nova maneira de se relacionar com clientes, transformando o setor financeiro.
No momento não dispomos de uma regulamentação para implantação do Open Banking e mesmo sem nenhuma obrigatoriedade de abertura de APIs, alguns players estão à frente pela sua iniciativa e deram os primeiros passos na direção do Open Banking.
Uma parceria que posso citar para ilustrar melhor é a realizada entre o Banco do Brasil e o aplicativo da Conta Azul. Uma das líderes quando se trata de sistemas de gestão online de pequenas empresas, a Conta Azul firmou há dois anos sua integração a uma instituição bancária brasileira.
Por meio dessa integração, o Banco do Brasil se tornou a primeira instituição bancária com uma ação mais concreta em termos de Open Banking e fez da Conta Azul o primeiro sistema de gestão integrado a um grande banco do Brasil.
O que isso significou para os clientes da Conta Azul com conta no Banco do Brasil?
A parceria trouxe uma série de possibilidades para esses usuários. Usuários da plataforma Conta Azul podem importar automaticamente seu extrato da conta corrente para o aplicativo. É possível também a identificação da origem de cada movimentação.
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