Gigantes da tecnologia se unem em prol da informação segura durante COVID-19
Muitos empreendedores de diferentes tamanhos foram afetados diretamente pela instabilidade econômica, pouco capital disponível e acesso restrito a mercados internacionais. Por isso, além das medidas econômicas, a disponibilização de informação também tem sido uma das principais ferramentas utilizadas para combater os avanços do COVID-19.
A Cielo, empresa de meios de pagamentos, criou a página Boletim Cielo que busca fortalecer empreendimentos com informações relevantes, oferecendo um direcionamento mais claro para as tomadas de decisões.
Já a Endeavor, uma organização já focada no apoio a empreendedorismo e empreendedores de alto impacto, anunciou a disponibilização do data room Benchmarks Endeavor Covid-19 com materiais e links úteis sobre políticas de contenção adotadas pela organização, ferramentas de gestão do trabalho remoto e um raio-X da situação para ajudar empreendedores brasileiros a tomar as melhores decisões durante pandemia.
Outro elemento que cumpre um papel essencial na transmissão de dados é a API. Dessa forma a plataforma Postman, muito utilizada para testes de APIs, comprometeu-se em auxiliar pessoas da linha de frente de combate ao vírus como profissionais de saúde, pesquisadores e especialistas em governo, uma vez que estes necessitam de acesso rápido e fácil a dados críticos, tudo em tempo real.
Para facilitar essa troca de informações, o Postman disponibilizou uma série de APIs como:
Feeds da API do Twitter e do YouTube para CDC e seus feeds RSS para obter informações
Uma API para casos atuais e mais informações sobre o COVID-19
Uma API para atrair agências do governo federal e contas de mídia social
Uma iniciativa brasileira veio a partir da Comunidade Governança & Nova Economia (Gonew.co) e da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) que, juntas, lançaram a campanha #StartupsVsCovid19. Ela busca compartilhar experiências e soluções de empresas, empresários e inovadores e levar a informação ao maior número de pessoas possível.
No Reino Unido, a parceria entre a fintech Fronted, a empresa de consultoria 11: FS e a plataforma de decisão de crédito Credit Kudos resultou na criação da plataforma “Covid Credit”. A medida pretende apoiar trabalhadores autônomos na obtenção crédito e apoio financeiro governamental. O “Covid Credit” utiliza dados de Open Banking auxiliando tais trabalhadores a comprovar o impacto negativo do COVID-19 em seus empregos e seus faturamentos.
Empresas de tecnologia no combate às Fake News
A atual pandemia por Coronavírus se tornou uma cenário propício para a divulgação de fake news. Dessa maneira, para reduzir o pânico e a propagação de informações falsas plataformas digitais de gigantes da tecnologia tem adotado medidas para a desinformação. A seguir as principais:
1. Twitter
Segundo a empresa, a cada 45 milissegundos há um Tweet relacionado ao COVID-19 e a hashtag #coronavirus já é a segunda mais usada em 2020. Diante disso, o Twitter anunciou em março que vai ampliar os dados oficiais de saúde em seu blog. A iniciativa fará com que um usuário ao pesquisar sobre COVID-19 encontre com mais facilidade informações dos órgãos oficiais, como do Ministério da Saúde de cada país e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
2. Google
O Google Search anunciou o lançamento do“SOS Alert”, uma tentativa de aumentar o acesso direto às notícias, dicas de segurança, informações confiáveis e recursos do site da OMS. Outra medida da empresa foi bloquear, desde janeiro, milhões de anúncios que pretendiam capitalizar o COVID-19. O Google também adicionou uma proibição temporária a todos os anúncios de máscaras médicas.
3. Facebook
A empresa optou por banir anúncios e listagem de produtos, como os encontrados em marketplaces, para para venda de máscaras de proteção respiratória. Do mesmo modo que o Google, o Facebook procura não tornar o COVID-19 algo rentável. Ele também vai promover informações confiáveis e oficiais, com equipe própria de apuração.
Ademais, a plataforma divulgou que vai apoiar agências de checagem de informações no que se refere ao Covid-19. Um exemplo disso é sua parceria com a The International Fact-Checking Network (IFCN) no lançamento de um programa de US$1 milhão buscando ampliar a capacidade de trabalho daqueles que apuram os fatos.
Casos de Fake News sobre COVID-19
Ferramentas como estas citadas acima são essenciais para que todos se informem da maneira correta durante a pandemia. E mesmo com as medidas tomadas por empresas de tecnologia e comunicação, ainda no começo do abril, diversas notícias falsas envolvendo o COVID-19 despontavam em redes sociais, compartilhadas pelo Whatsapp:
A classificação do Brasil de melhor país de combate ao Coronavírus pelo Banco Mundial; a eficiência do café na prevenção do COVID-19; uso de Cloroquina e hidroxicloroquina no Brasil para combater Coronavírus, quando na verdade estas são utilizadas apenas em casos mais graves. Outra informação falsa foi sobre a importação de máscaras da China contaminadas com o novo Coronavírus.