Conforme as organizações identificam o valor de soluções baseadas em nuvem e de experiências digitais, elas também passam a dar mais atenção não só para a experiência do consumidor, mas do desenvolvedor. Pensar e planejar como esse profissional vai adotar ou operar tais tecnologias é uma medida estratégica que trará bons frutos à empresa.
Semelhante à User Experience (UX), a Developer Experience (DX) se concentra na jornada do desenvolvedor. Contar com uma DX de qualidade não é mais opcional, mas um imperativo quando pensamos em competitividade no mercado. Ela representa todas as interações de um desenvolvedor com seu produto, seja ele um código aberto, framework, API, SDK, ferramenta ou serviço.
Durante o processo de elaboração de um novo produto, o olhar das organizações costuma se voltar para a experiência do usuário, no caso, o consumidor. Porém, ao mesmo tempo, é preciso entendimento do que os devs necessitam para executar suas tarefas.
As APIs, por exemplo, assumiram protagonismo no mundo dos negócios, sendo agora consideradas até produtos de muitas organizações. Tratando dessa tecnologia, os desenvolvedores também deveriam ser vistos como uma prioridade, já que são seus principais usuários.
Encarando os desenvolvedores como consumidores de APIs, é possível proporcionar uma boa DX a partir de:
APIs úteis;
APIs estáveis;
APIs escaláveis;
APIs bem documentadas.
O fluxo de trabalho deve ser o mais suave possível, ou seja, a documentação não deve somente oferecer informações de como interagir com a API, mas também guias de início rápidos e exemplos de trabalho.
Logo, a cultura DX bem enraizada representa menos frustrações e projetos mais bem sucedidos para o time de desenvolvedores. E como isso pode ser traduzido em valor estratégico para seu negócio?
No caso de desenvolvedores que lidam com APIs, estes são alguns dos benefícios:
Melhor acompanhamento dos dados
A partir do acompanhamento de dados, podemos detectar possíveis falhas e irregularidades internas. Com isso, há uma melhor análise das APIs, tendo uma visão mais ampla da sua eficácia, tolerância aos erros e facilidade de uso.
Alinhamento dos processos
Compreender melhor o usuário, ou seja, o próprio desenvolvedor, implica em identificar mais rapidamente as áreas que precisam de ajustes e suporte.
Manutenção das informações
Seu desenvolvedor deve contar com um guias e manuais, descrevendo as regras de uso das APIs e disponibilizando sua documentação. Tutoriais também podem demonstrar boas práticas e fornecer um ponto de partida para soluções personalizadas. Com isso, é possível melhor compreensão dos fluxos e atualização ágil das informações sempre que necessário.
A escolha de ferramentas e frameworks é capaz de influenciar positivamente na produtividade e na experiência de sua equipe de desenvolvimento. Por exemplo, uma maneira de proporcionar uma ótima DX é optar por ferramentas que diminuam a carga cognitiva.
Ao escolher as ferramentas para seu time de desenvolvedores, procure pensar nas seguintes questões:
Como será a experiência de onboarding?
Alguém da equipe já usou a ferramenta antes? Pode dar feedback?
Há documentações disponíveis sobre a ferramenta?
Há ferramentas similares para fazer comparativos?
Vale destacar que, além de adotar uma cultura DX, um dos passos fundamentais é medi-la. Você pode fazer isso identificando a frequência de implantação, ou o tempo de produção para um novo serviço.
Para outros critérios mais subjetivos, como a satisfação dos devs no ambiente de desenvolvimento, faça pesquisas e fale com os profissionais. E lembre-se, conforme os produtos e serviços digitais evoluem, a experiência do desenvolvedor permanecerá um elemento relevante para o sucesso das empresas.
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Este artigo foi escrito por Luana Brigo e publicado originalmente em Prensa.li.